6/23/2012

NECESSIDADE

Necessidade...
Palavra tão dependente? Impertinente!
Necessidade de quê; nasce-se tão independentemente só!
Mesmo os gêmeos descobrem sua independência,
Tão parecidos e ao mesmo tempo tão complexos!
Tudo que é demais, sufoca!
Tira nos o fôlego e,
Faz desejarmos outros ares...

Meu desejo,
Separação de corpos!
Em letras minúsculas num papel tosco,
Não quero um corpo a me prender,
Não quero ter de me olhar,
Todo dia num espelho roto,
Distorcido, perverso e mentiroso,
Que não traduz a verdade de meu ser...

Não quero
Ter que me dar banho,
Fazer me bonito, para que eu mesmo veja!
E assim ao cair da tarde...
Estar somente só!
E quando escrevo estas poucas linhas,
Tento matar meu ego..
Em você!
                                                           Valdete Pereira

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