Business are business!

Amo muito tudo isso!
Badalação, luzes, câmera, ação!
NA CIDADE DOS HOMENS,
Holofote é mato!
É leão rugindo no cinema,
Desenho animado te dando lição de moral!
Onde tudo é Show são JOGOS MORTAIS:
Avisos de segurança de cinema,
Programas de auxílio da Lei Renault,
Pipoca e refrigerante tudo que era banal,
Que virou dinheiro, negócio, comercial!
Essa é A Lenda de Beowulf,
Brasileiríssima a final!
É Galã te chamando de moun bijou,
E eu que prefiro ficar,
Antes Só do que Mal Casado,
(não necessariamente nessa mesma ordem)
E tendo que ver a escolha de noivos,
Que casarão glamurosamente pela tv,
Uma prova de que A Coragem de Amar
Existe antes de O Cavaleiro Didi e a Princesa Lili!
Que ator receberá o prêmio do ano!?
Que vilão entrará pelo cano!?
Quem será a revelação do ano!?
Eu e as Mulheres decidimos:
Que De mulher pra mulher,
Eu não sou mais você?!
E sem limites pra sonhar...
Eu sou mais eu!
No cinema IN
Os trailers estão cada vez mais OUT
Todo propagandista quer ser comercial,
E estar na moda e No Vale das Sombras,
Vive o Cinema Nacional, a TV,
E a maioria dos empreendimentos
Artísticos e culturais brasileiros...
Business are business!
Eu que chegava cedo ao cinema,
De mansinho, devagar, devagarzinho...
Pra não atrapalhar o Eclipse de Uma Paixão,
Tenho chegado em cima da hora!
Aviso: _Não Deu a Louca na Cinderela,
Que anda mais sã do que nunca!
Hoje, parei com as drogas!
Nada de TV e nada de cinema!
E pra minha alegria, mudei de opção,
Assistir teatro foi a solução!
Onde se espera até a ultima hora,
Com direito mais quinze minutos de atraso,
Pra ninguém ficar de fora,
E a todo o momento pediam,
Um patrocinador urgente!
Business and business!
Ontem, hoje, amanhã...
Todo dia é dia de corre-corre,
Onde Leões e Cordeiros
Não podem ficar de fora!
É passeata, apito, buzina e panfletagem,
No Dia nacional contra a pirataria,
Chamemos a Tropa de Elite,
O bel Capitão Nascimento pra dar jeito nessa sacanagem?!
Business and business!
Nada como uns tirinhos, já que um tapinha não dói!
_pede pra sair ou vai querer o saco!


Valdete Pereira